Leda Braga – XP Expert

Moderação de Ana Laura Magalhães

São Paulo, 17 de julho de 2020.

Palestra muito em linha com as alocações recentes da TAG Investimentos em fundos quantitativos no Brasil (Kadima e Giants). Nossa tese de investimentos é de trazer maior geração de “alpha” nos portfólios, saindo um pouco do risco direcional, do “beta” dos mercados e do “Risco Brasil”. Para isso, buscamos fundos, ativos e estratégias descorrelacionadas, onde se encaixa a estratégis quantitativa. 

·         Leda é gestora de um dos maiores Hedge Funds quantitativos do mundo, Systematica Investments, com US$10b e escritórios em 5 países. Seu desempenho é extremamente consistente ao longo de mais de uma década.

·         Formada na PUC do RJ e com Doutorado na Inglaterra.

·         Ficou por um tempo acadêmica no Imperial College.

·         Trabalhou depois no JP Morgan e depois foi para Blue Crest, Hedge Fund fundado em 2011 por ex executivos do JP Morgan. Passou 14 anos com eles.

·         Em 2015 eles decidiriam cindir a Systematica da Blue Crest, ficando focada nos fundos quantitativos e a Blue Crest focando nas estratégias fundamentalistas.

·         Fundos quantitativos captaram US$40bi de Jan16 até Jun18 contra uma perda de US$60bi da indústria de Hedge Funds. Isso mostra que os fundo quantitativos estão sendo mais aceitos.

·         Toda estratégia de investimentos, em seus passos iniciais, pode ser sistematizada, são os processos de investimento, que métricas você usa para analisar, que pontos/preços você entra ou sai das posições e etc.

·         Esses processos podem ser quantificados e sistematizados. 

·         Como o computador tem a capacidade de analisar muitos dados, os fundos quantitativos conseguem ter mais posições, com menos convicções e por menos tempo.

·         A gestão discricionária necessita convicções muito altas, o que limita o número de posições e aumenta a concentração. O humano tem menos capacidade de analisar e digerir dados, isso explica a grande diferença técnica entre os dois modelos de gestão.

·         Quando o mercado entra em turbulência, as estratégias Quants tendem a ter uma performance boa, devido a capacidade de análise de dados, de giro da carteira. Os Quants têm o “mapa da mina”.

·         A diversificação é um dos grandes destaques dessas estratégias.

·         Uma das estratégias mais importantes é a estratégia de “Tred Following”: 

·         Pergunta do Kadima: Técnica de “Machine Learning” estão ganhando espaço neste mundo de Quants? Isso ajuda na diferenciação dos pares?

·         O universo de investimentos é um mundo de processamento de dados. Assim, “Machine Learnings” e Inteligência Artificial são muito importantes para o desenvolvimento dos modelos.

·         Só que não acha que vamos chegar no momento do “Autonomous Investment”, sem que haja uma atuação “manual”, das pessoas, devido aos ruídos nos dados.

·         “No man is better than a machine. No machine is better than a man with a machine”. 

·         Os analistas/gestores não estão fadados ao fim. As duas coisas precisam andar juntas.

·         Muitas teses de investimentos não conseguem ser mapeadas pelos algoritmos.

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