Paulo Guedes (Ministro da Economia) – XP Expert
São Paulo, 16 de julho de 2020.
· Tinha o pacto federativo já alinhado para o início do ano.
· Nisso veio o corona vírus e mudou o rumo, todos se desentenderam.
· 64MM de pessoas receberam auxílio emergencial
· Criaram uma rede mínima de renda.
· Últimos 3, 4 meses foi de trabalho intenso.
· Democracia brasileira funciona, ela é barulhenta, mas entrega as reformas.
· Reforma tributária está chegando.
· Poderes tem conflitos, mas sempre se resolvem.
· Consumo dos mais desfavorecidos está sustentado
· Construção Civil não parou e com baixo número de casos e mortes
· E agora vamos à reforma tributária. As prioridades mudaram, pois já atacamos os 3 grandes gastos:
– Juros: estruturalmente baixos
– Previdência: com a reforma
– Salário do Funcionalismo Público: não aumenta nos próximos 2 anos
· Veio o marco do saneamento e vem aí setor elétrico, cabotagem, ferrovias, gás natural.
· Vamos surpreender o mundo porque o Congresso está trabalhando, entregando as reformas
· Vamos destravar o horizonte de investimentos.
· Sem dúvida haverá debates, mas tentar iniciar onde há harmonia. Já há boas PECs, existem 2 já andando e as propostas serão nessas.
· Começar por onde há união.
· IVA (Imposto de Valor Adicionado) e acabar com o PIS/COFINS.
· Prioridades hoje são renda e emprego.
· Crédito chegando nas empresas de um lado e o auxílio emergencial chegando no mais desfavorecidos.
· Brasil gastou 10% do PIB, 2x mais que a média dos países emergentes. Salvando vidas e preservando renda e empregos.
· Democracia brasileira agiu rápido.
· Essas previsões de queda de 9%, 10% do PIB (FMI) não faziam sentido pra quem entende e faz conta.
· Agora estão revisando para quedas de 4% a 6% do PIB.
· Olhando para frente, vemos números muito interessantes no Brasil.
· Gastos de Energia, emissão de notas está 70% acima do ano passado, exportações estão no mesmo nível do ano passado.
· Juros muito baixo tem impulsionado a construção civil.
· 1mm a 2mm de novos consumidores devem acessar o mercado imobiliário.
· Foi o melhor mês da história da Caixa Econômica Federal.
· Volta vai ser em formato da “Nike” e vamos sair dessa.
· Vai haver imposto sobre transação? Se o presidente da Câmara falar que não vai pautar, não vai haver. Mas, vamos falar do que a gente se entende, onde tem união. O IVA.
· Perguntado sobre a trajetória fiscal?
– Temos que entender que tivemos que gastar com saúde e o mundo todo entende isso.
– O importante é voltar à trajetória que estávamos, depois que isso passar.
– Avançamos muito com previdência e queda estrutural de juros.
– Ano que vem volta tudo ao normal e seguir com o compromisso fiscal.
· Plano emergencial não pode acabar lá embaixo e subitamente.
· 8mm a 10mm de brasileiros serão incluídos nesses novos programas
· Terão que canalizar incentivos que já existem para isso.
· Comércio eletrônico é uma base que cresce e pode ser onde venha algum tributo.
· Tributação de Dividendos:
– Não entrega na terça-feira agora.
– Mas, a ideia é reduzir o imposto da PJ e aumentar da PF.
· O teto de gastos vai estourar?
– Problema é que fizeram o teto e esqueceram as paredes.
– Indexação é como uma sala que tem o teto, mas o piso está subindo. Uma hora vai nos esmagar.
– Tem que controlar as trajetórias futuras de expansão.
· Tem ministro e parlamentar querendo gastar mais para sair da crise.
· Entramos na crise porque cavamos um buraco fiscal, a saída não vai ser essa. É via o mercado privado.
· Só há uma saída, seguir na transformação do estado brasileiro.
· Sobre Privatizações, o que é factível?
– Vamos tentar acelerar esse projeto.
– Acelerar os marcos regulatórios.
– Tentar 3 ou 4 grandes privatizações nos próximos meses.
· Fica até o final do governo?
– Só saio abatido a bala ou removido a força.
– Temos uma missão, aliança de centro direita ganhou as eleições. É uma agenda liberal democrata depois de 30 anos.
– Se o presidente desistir da agenda, se o congresso desistir da agenda, aí não tem muito o que fazer.
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